Ontem dia 03/07 Laurinha completou 3
meses, e como muitas pessoas sempre me cobraram de falar como foi o parto e
tudo mais, aproveito para falar sobre a chegada dessa anjinha na minha vida.
Bom, tive uma gravidez consideravelmente tranquila, e também não sou uma pessoa
de reclamar muito de dores e coisas assim, tento levar tudo com naturalidade.
Quando descobri que estava grávida tive uma certa dificuldade de encontrar um
médico para me acompanhar, pois meu convênio era enfermaria e muitos não
aceitavam acompanhar gestantes dessa acomodação, teve médico que falou que
acompanharia se pagasse 2500 reais por fora para ele. Outros médicos não
aceitavam minha escolha por parto normal, falando que só me acompanhariam se eu
fizesse cesárea, ou que me acompanhariam e eu
teria com plantonista, finalmente fui a um médico que não impôs nenhuma destas
condições, somente disse que faria o necessário. Vou ter que ser sincera que
fiquei com certo receio de chegar perto da hora e ele falar que faria cesárea,
mas não, nunca me propôs isso, mesmo quando eu já com 33 semanas e Laurinha
ainda sentada.
No
final da gravidez tive outro contratempo, estava tudo planejado para que
tivesse a Laura em um determinado hospital do convênio na região do Tatuapé,
porém um dia para pegar informações no hospital sobre o que levar na bolsa,
eles me informaram que meu convênio havia descredenciado e que não poderia ter
mais o parto lá, e somente lá que meu médico fazia pelo meu convênio, fiquei um
pouco sem rumo no momento. Entrei em contato com o convênio para confirmar
tudo, e tive uma resposta mais surpreendente ainda, falaram que só realizariam
o parto naquele hospital se fosse feito cesárea! Gente a que ponto chegou à
saúde privada no Brasil que uma mulher não tem direito a escolher a forma que
quer dar a Luz? Um momento mágico, especial, tão natural, virou uma fabrica de
fazer dinheiro, de interesses?
Já estava
imaginando que tudo iria por água abaixo que seria igual o parto da Sophia
chegar a qualquer hospital, com o plantonista e fazer. Mas uma luz no fim do
túnel apareceu. Felipe trocou de emprego no final da gestação e lá ele teria
direito a fazer um convênio e não teríamos carência alguma, e assim fizemos
entreguei todos os documentos, e o convênio entraria em vigor no dia 01/04 e
como Laura estava prevista para o final do mês de abril tudo estava tranquilo.
Dia 01 foi um domingo, lembro que fui ao mercado com meu marido, fui com ele ao
cabeleireiro, chegamos em casa tiramos algumas fotos no "barrigão"
como era domingo não liguei para o convênio para pegar os números das
carteirinhas, deixei para o dia seguinte.
Na madrugada de
domingo para segunda lembro que acordei assustada, a cama estava úmida, mas
parecia só um pouquinho de perda de liquido, nada alarmante, voltei a dormir.
No dia seguinte tinha combinado com minha mãe dela vir aqui me ajudar a dar uma
geral na casa. Acordei mal, sentia uma pressão, não conseguia andar direito,
fui ao banheiro e reparei que estava perdendo o tampão, tudo indicava que a
hora se aproximava, liguei para o convênio e peguei os números das
carteirinhas. Minha mãe chegou estávamos limpando a casa e toda hora parava
para respirar pois estava com dores, contrações, então comecei a contar para
ver se estavam com ritmo, as primeiras que contei variavam o intervalo de 25 a
30 minutos, mas não falei nada para ninguém, segui fazendo as coisas
lentamente, quando minha mãe foi embora as contrações estavam com intervalos de
cerca de 15 minutos, nesse momento mandei uma mensagem para meu marido pedindo
para que saísse no horário do serviço, então fui fazer a janta, quando ele
chegou as contrações estavam de 8 em 8 minutos, nesse momento pegou ritmo, dei
janta para Sophia jantamos, fui tomar banho e dar banho na Sophia, verifiquei
as malas da maternidade, arrumei as malas da Sophia, pegamos a cachorra e fomos
para minha mãe, deixamos a cachorra e a Sophia lá, só depois disso fomos para o
hospital. As contrações já estavam de 5 em 5 minutos. Ainda para ajudar erramos
o caminho par ao hospital, demoramos uns 20 minutos a mais para chegar,
chegando lá havia muita gente no pronto atendimento, passei na triagem já
estava com contração de 3 em 3 minutos, todas aquelas gravidas na fila do
atendimento parecia que somente eu estava realmente em trabalho de parto,
andava de um lado para outro, nervosa, sentia muita pressão na região pélvica.
Finalmente me chamaram quando me examinaram nem acreditaram eu estava com 6 de
dilatação, isso já era 02h40min da manhã, eles ligaram para meu médico e solicitaram
a internação, nem deixaram que eu fosse na cadeira de rodas para o centro obstétrico
me fizeram ir na deitada na maca, me levaram para uma sala especial para parto
normal, obstetrizes super atenciosas. Felipe havia ido assinar a internação e
não voltava, toda hora perguntava por ele e nada, ninguém me informava, até que
uma enfermeira virou e falou: Querida o marido é o ultimo que entra e o
primeiro que sai!
Meu médico chegou
eram quase 4 horas, me examinou eu estava com 8 de dilatação, ele então
estourou a bolsa e as contrações ficaram bem fortes e constantes, eu estava
nervosa, queria que meu marido estivesse lá comigo. Então chegou a anestesista,
eu estava tão perdida que nem tinha forças para falar que não queria tomar
anestesia, ela aplicou e fiquei ali com uma mistura de entusiasmos por minha
filha estar chegando e emburrada por não estar sendo da forma que eu queria.
Então novamente meu médico me examinou e estava na hora, ela iria nascer, meu
médico foi colocar as luvas a roupa, as enfermeiras preparavam tudo, colocavam
em posição e CADÊ MEU MARIDO!? Dessa vez quase gritei, e a enfermeira saiu
apressada atrás dele, começaram a anunciar no alto falante do hospital o nome
dele, e nada dele aparecer, o médico já estava tudo preparado, sentia uma
pressão forte, e nada... Até que finalmente ele entrou na sala com uma
expressão assustada no rosto, parecia não saber o que estava acontecendo. Ele
ficou do meu lado olhou para mim e a primeira coisa que ele perguntou foi: você
tomou anestesia né? Esta com uma cara emburrada!
Eu já estava em
"posição", meu médico nesse momento falou que ele faria a epsiotomia,
pois como estava com anestesia seria necessário, mais uma decepção no parto...
Logo após veio uma contração e a vontade de fazer força, então a enfermeira
fala: olha doutor! Olha! Vai nascer! E levo bronca do médico que me diz para
não fazer força ainda, ele então pronto manda que eu faça força fiz e as 04h50min
ela nasceu e já chorou forte, nesse momento a emoção transborda. Que se dane
que tomei anestesia que fiz a episio, o mais importante estava ali minha filha
chorando forte cheia de saúde me entregaram ela para que eu a pegasse, ela tão
pequenina nos meus braços, eu estava acostumada já com a Sophia grande e lá
estava eu novamente vivendo a emoção de segurar um ser tão frágil, tão
dependente de mim, novamente, em meus braços. Levaram ela para avaliação, pesou
3,5 kg e mediu 51 cm, uma bebezona de 37 semanas. Enquanto isso meu médico
finalizava o procedimento, dava os pontos e tudo mais, quando ele terminou me cumprimentou
e foi embora, enfim dormir acredito. Então a trouxeram novamente para mim,
agora para mamar, ofereci o seio e ela já pegou firme e forte, com uma boa
pega, minha bezerrinha como digo.
Enfim não tive em
nenhuma das gestações o parto humanizado que sonhei, mas ainda assim consegui
fugir da cesárea tão comum atualmente. Apesar de tudo respeito muito o médico
que me acompanhou e que ainda hoje me acompanha, eu sempre fui um pouco inibida
e nunca falei para ele abertamente de como desejava que fosse tudo, deixava as
coisas correrem, talvez se tivesse falado para ele a forma que gostaria que
fosse, quem me diz que ele não respeitaria? Ele saiu de casa de madrugada, foi
ao hospital, fez tudo o necessário. Muitos médicos não aceitam fazer nem 1/10
do que ele fez! Acho que em tudo o que me desagradou mesmo foi o fato de ficar
sozinha no pré-parto, para que um hospital de tal porte faz uma sala só para
partos normais, com todo o conforto e não deixa que alguém esteja lá com você
te acompanhando, te apoiando? Pô até quando tive a Sophia em um hospital geral
eles liberaram que me acompanhassem e não tinha nem metade da estrutura.
Bolo bem nascido (bolo bem casado)
- 6 ovos
- 8 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de sobremesa de essência de baunilha
- raspas de limão
- 1 xícaras + 1 colher de sopa de fécula de batata
- 1 colher de sopa bem cheia de farinha de trigo
- 1 colher de café bem cheia de fermento em pó
- 1 colher de café bem cheia de bicarbonato de sódio
Separe as claras das gemas, e peneire as gemas (tirando a película da gema), na travessa da batedeira coloque as gemas peneiradas, as claras, o açúcar e a baunilha. Bata tudo por 15 minutos e no final acrescente as rapas, vai ficar um creme bem leve. Num recipiente a parte peneire todos os secos (fécula, farinha, bicarbonato e fermento) misture ao creme bem delicadamente. Coloque em uma forma untada e com papel manteiga no fundo. Leve para assar em forno a 180º por cerca de 20 minutos (se for fazer 2 bolos baixos é menos tempo). Eu particularmente prefiro assar em duas formas, para não ter que cortar ao meio para rechear, ou até mesmo assar em uma forma retangular grande , então cortar a massa ao meio e colocar uma sobre a outra.
Para o recheio de doce de leite
2 latas de leite moça cozido na pressão por 10 minutos
1 lata de creme de leite sem soro
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 ovo
Bata todos os ingredientes da batedeiras até ficar tudo bem misturado, leve ao fogo mexendo sempre até engrossar. Leve para gelar antes de rechear o bolo.
Calda e cobertura
2 xícara de açúcar refinado
2 xícara de água
1 colher de café de essência de baunilha
açúcar de confeiteiro para polvilhar
Misture o açúcar refinado e a água, leve ao fogo mexendo até que o açúcar tenha dissolvido. Reserve
Montagem: corte o bolo ao meio e separe (ou se assou em duas partes já esta ok) regue a parte de baixo com metade da calda e coloque o recheio, coloque a outra parte do bolo em cima e regue com o restante da calda, polvilhe bastante açúcar de confeiteiro, e pronto =)